Fidel:
Um tempo bem vivido, pela revolução e o socialismo
Neste
13 de agosto, transcorre o aniversário do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro,
que completa 86 anos. Um tempo bem
vivido, quase todo dedicado à sua pátria, à Revolução Cubana, à emancipação dos
trabalhadores de todo o mundo, às grandes causas da humanidade, à paz e
cooperação entre os povos.
Por
José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho
Não
por culto à sua personalidade, mas porque Fidel representa muito, ele recebe
nesta data as homenagens do povo cubano e de milhões e milhões de amigos e admiradores
em todo o mundo, entre estes estadistas e governantes, políticos, militantes,
ativistas sociais e membros de associações de amizade e solidariedade com Cuba.
Fidel
já não é o dirigente do governo de Cuba nem do Partido Comunista, onde já foi o
principal titular, ocupando os seus mais destacados cargos. Mas de sua figura é
inseparável a condição de comandante da Revolução Cubana.
Para
os militantes revolucionários, lutadores pela causa do progresso social e
emancipação da humanidade em todo o mundo, Fidel é a personalidade mais lúcida de nossa época, a
voz mais enérgica na denúncia dos crimes do imperialismo, o pensamento mais
agudo a interpretar os gravíssimos problemas políticos e sócio-econômicos atuais
e a orientar os povos em luta por liberdade, independência, autodeterminação, progresso
social, justiça e pelo socialismo.
Inteiramente
dedicado à batalha das ideias, da qual se assumiu como soldado, atua como um
líder, seguido e cultivado por quem perscruta os caminos para levar adiante a
luta dos povos nas novas condições históricas. “A vida sem ideias de nada vale.
Não há felicidade maior que a de lutar por elas, disse em uma das suas
reflexões”, há cinco anos.
E
que ideias defende Fidel, o que o distingue de outras figuras de sua época? Nada
mais que os principios, a visão
estratégica, a comprensão profunda daquilo que causa as infelicidades e catástrofes
que assolam a humanidade: o sistema capitalista, o imperialismo, a orientação
espoliadora, de opressão e guerra aos povos e nações, uma orientação que conduziria
ao inevitável desastre se não se organizasse uma luta consequente de resistência
e oposição.
O aniversariante
de hoje desenvolveu ao longo dos anos a rebeldia, o espírito revolucionário, o
patriotismo, o anti-imperialismo, assimilou e desenvolveu o marxismo-leninismo
e disso nunca se afastou. No momento em que Cuba arrostava as piores
dificuldades, em que era brutal a ofensiva do imperialismo e terrível o bloqueio,
Fidel comandou a resistência. Com pulso firme, segurou a bandeira, manteve Cuba
no caminho do socialismo e comandou a continuidade histórica da Revolução.
Quando,
no início dos anos 1990, a contrarrevolução grassava em toda a parte, o líder
da Revolução Cubana deu histórica entrevista à imprensa internacional. Naquele
momento, estava em voga vaticinar que o socialismo em Cuba desapareceria no “efeito
dominó” da queda dos governos socialistas em países do Leste europeu.
Dizia Fidel perante boquiabertos jornalistas:
“Cuba é o símbolo da resistência. Cuba é o símbolo da defesa firme e
intransigente das ideias revolucionárias. Cuba é o símbolo da defesa dos
princípios revolucionários. Cuba é o símbolo da defesa do socialismo” (...) “O
povo cubano vai saber estar à altura de sua responsabilidade histórica”... “E
aqueles que mudaram de nome, não sei a quem vão enganar com isso! Imaginem que
amanhã nós mudemos de nome e digamos: Senhores, o congresso aprovou que em vez
de Partido Comunista de Cuba nos chamemos Partido Socialista de Cuba, ou
Partido Social-Democrata de Cuba. Vocês creem que realmente mereceríamos algum
respeito? Porque os que mudam de nome são os que mudaram de ideias ou perderam
toda a sua confiança nas ideias, perderam suas convicções.” (3 de abril de 1990).
Fidel
tem sido um mestre no estudo da realidade concreta, na busca de soluções
originais, de acordo com as peculiaridades nacionais, para os problemas de sua
época. Marxista-leninista convicto, estudou a fundo também o pensamento de José
Martí, o líder da luta pela independência de Cuba. Fundiu na sua obra e ação
política o pensamento marxista-leninista e o martiano e armado com esses
pressupostos ideológicos educa a jovem geração.
Podemos
afirmar sem risco de erro que na história da humanidade e da luta pela
libertação dos povos de todo tipo de opressão e exploração, muito poucos
líderes deram contribuição tão destacada como Fidel.
Entre
estas contribuições, é indispensável ressaltar a Revolução Cubana, a defesa das
suas conquistas, a épica luta contra o imperialsimo que tentou e tenta de todas
as maneiras estrangular a nação, a solidariedade internacionalista com todos os
povos, o exemplo edificante para o desenvolvimento da luta anti-imperialista na
América Latina.
O
nosso continente não seria o que é hoje, acumulando vitórias políticas contra o
imperialismo e as oligarquias, sem a obra teórica e prática de Fidel, sem o
exemplo inspirador e pedagógico da Revolução Cubana.
Ultimamente,
Fidel tem dedicado suas reflexões para chamar a atenção a dois graves problemas
que assolam o mundo nos dias atuais: a ameaça nuclear e a destruição da
natureza. Não é à toa que alguns estadistas que tomaram a palavra na recente conferência
Rio + 20 realizada no Brasil citaram as suas reflexões, especificamente sobre a
questão ambiental. E que sua luta contra a hecatombe nuclear seja sempre
mencionada pelos ativistas do Conselho Mundial da Paz.
Ao parabenizar Fidel Castro no
transcurso do seu 86º aniversário, a melhor homenagem que podemos fazer é dizer
que estamos ao seu lado na luta à qual
dedica o melhor dos seus esforços: a libertação dos cinco heróis cubanos presos
injustamente em cárceres dos Estados Unidos. A resistência de Antonio Guerrero, Gerardo Hernandez, Fernando
González, Ramon Labañino e Renê González é também uma virtude inspirada nos
ensinamentos de Fidel.
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