tag:blogger.com,1999:blog-58333944839992274182024-02-20T21:13:19.851-03:00ResistênciaAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-5833394483999227418.post-34650093677756381552012-08-13T09:44:00.002-03:002012-08-13T09:44:39.493-03:00Fidel Castro, 86 anos
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Fidel:
Um tempo bem vivido, pela revolução e o socialismo<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Neste
13 de agosto, transcorre o aniversário do líder da Revolução Cubana, Fidel Castro,
que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>completa 86 anos. Um tempo bem
vivido, quase todo dedicado à sua pátria, à Revolução Cubana, à emancipação dos
trabalhadores de todo o mundo, às grandes causas da humanidade, à paz e
cooperação entre os povos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Por
José Reinaldo Carvalho, editor do Vermelho<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Não
por culto à sua personalidade, mas porque Fidel representa muito, ele recebe
nesta data as homenagens do povo cubano e de milhões e milhões de amigos e admiradores
em todo o mundo, entre estes estadistas e governantes, políticos, militantes,
ativistas sociais e membros de associações de amizade e solidariedade com Cuba.
<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Fidel
já não é o dirigente do governo de Cuba nem do Partido Comunista, onde já foi o
principal titular, ocupando os seus mais destacados cargos. Mas de sua figura é
inseparável a condição de comandante da Revolução Cubana. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Para
os militantes revolucionários, lutadores pela causa do progresso social e
emancipação da humanidade em todo o mundo, Fidel é <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>a personalidade mais lúcida de nossa época, a
voz mais enérgica na denúncia dos crimes do imperialismo, o pensamento mais
agudo a interpretar os gravíssimos problemas políticos e sócio-econômicos atuais
e a orientar os povos em luta por liberdade, independência, autodeterminação, progresso
social, justiça e pelo socialismo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Inteiramente
dedicado à batalha das ideias, da qual se assumiu como soldado, atua como um
líder, seguido e cultivado por quem perscruta os caminos para levar adiante a
luta dos povos nas novas condições históricas. “A vida sem ideias de nada vale.
Não há felicidade maior que a de lutar por elas, disse em uma das suas
reflexões”, há cinco anos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">E
que ideias defende Fidel, o que o distingue de outras figuras de sua época? Nada
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>mais que os principios, a visão
estratégica, a comprensão profunda daquilo que causa as infelicidades e catástrofes
que assolam a humanidade: o sistema capitalista, o imperialismo, a orientação
espoliadora, de opressão e guerra aos povos e nações, uma orientação que conduziria
ao inevitável desastre se não se organizasse uma luta consequente de resistência
e oposição. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">O aniversariante
de hoje desenvolveu ao longo dos anos a rebeldia, o espírito revolucionário, o
patriotismo, o anti-imperialismo, assimilou e desenvolveu o marxismo-leninismo
e disso nunca se afastou. No momento em que Cuba arrostava as piores
dificuldades, em que era brutal a ofensiva do imperialismo e terrível o bloqueio,
Fidel comandou a resistência. Com pulso firme, segurou a bandeira, manteve Cuba
no caminho do socialismo e comandou a continuidade histórica da Revolução.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Quando,
no início dos anos 1990, a contrarrevolução grassava em toda a parte, o líder
da Revolução Cubana deu histórica entrevista à imprensa internacional. Naquele
momento, estava em voga vaticinar que o socialismo em Cuba desapareceria no “efeito
dominó” da queda dos governos socialistas em países do Leste europeu.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt;">Dizia Fidel perante boquiabertos jornalistas:
“Cuba é o símbolo da resistência. Cuba é o símbolo da defesa firme e
intransigente das ideias revolucionárias. Cuba é o símbolo da defesa dos
princípios revolucionários. Cuba é o símbolo da defesa do socialismo” (...) “O
povo cubano vai saber estar à altura de sua responsabilidade histórica”... “E
aqueles que mudaram de nome, não sei a quem vão enganar com isso! Imaginem que
amanhã nós mudemos de nome e digamos: Senhores, o congresso aprovou que em vez
de Partido Comunista de Cuba nos chamemos Partido Socialista de Cuba, ou
Partido Social-Democrata de Cuba. Vocês creem que realmente mereceríamos algum
respeito? Porque os que mudam de nome são os que mudaram de ideias ou perderam
toda a sua confiança nas ideias, perderam suas convicções.” (3 de abril de 1990).</span><span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Fidel
tem sido um mestre no estudo da realidade concreta, na busca de soluções
originais, de acordo com as peculiaridades nacionais, para os problemas de sua
época. Marxista-leninista convicto, estudou a fundo também o pensamento de José
Martí, o líder da luta pela independência de Cuba. Fundiu na sua obra e ação
política o pensamento marxista-leninista e o martiano e armado com esses
pressupostos ideológicos educa a jovem geração. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Podemos
afirmar sem risco de erro que na história da humanidade e da luta pela
libertação dos povos de todo tipo de opressão e exploração, muito poucos
líderes deram contribuição tão destacada como Fidel.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Entre
estas contribuições, é indispensável ressaltar a Revolução Cubana, a defesa das
suas conquistas, a épica luta contra o imperialsimo que tentou e tenta de todas
as maneiras estrangular a nação, a solidariedade internacionalista com todos os
povos, o exemplo edificante para o desenvolvimento da luta anti-imperialista na
América Latina.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">O
nosso continente não seria o que é hoje, acumulando vitórias políticas contra o
imperialismo e as oligarquias, sem a obra teórica e prática de Fidel, sem o
exemplo inspirador e pedagógico da Revolução Cubana.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;">Ultimamente,
Fidel tem dedicado suas reflexões para chamar a atenção a dois graves problemas
que assolam o mundo nos dias atuais: a ameaça nuclear e a destruição da
natureza. Não é à toa que alguns estadistas que tomaram a palavra na recente conferência
Rio + 20 realizada no Brasil citaram as suas reflexões, especificamente sobre a
questão ambiental. E que sua luta contra a hecatombe nuclear seja sempre
mencionada pelos ativistas do Conselho Mundial da Paz.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white; line-height: 21pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt;">Ao parabenizar Fidel Castro no
transcurso do seu 86º aniversário, a melhor homenagem que podemos fazer é dizer
que estamos ao seu <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>lado na luta à qual
dedica o melhor dos seus esforços: a libertação dos cinco heróis cubanos presos
injustamente em cárceres dos Estados Unidos. A resistência de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Antonio Guerrero, Gerardo Hernandez, Fernando
González, Ramon Labañino e Renê González é também uma virtude inspirada nos
ensinamentos de Fidel.</span><span lang="ES" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: ES;"><o:p></o:p></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5833394483999227418.post-79048755949194772902012-08-12T07:41:00.003-03:002012-08-12T07:41:44.794-03:00Denúncia: Assassinato de jornalistas<br />
<table border="0" cellpadding="0" class="MsoNormalTable" style="margin: auto auto auto 75pt; mso-cellspacing: 1.5pt; mso-padding-left-alt: 7.5pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0.75pt 0.75pt 0.75pt 7.5pt; width: 100%;" width="100%"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<b><span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Jornalista sírio é assassinado por bandos terroristas <o:p></o:p></span></b></div>
</td>
<td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0.75pt 0.75pt 0.75pt 7.5pt; width: 100%;" width="100%"></td>
<td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0.75pt 0.75pt 0.75pt 7.5pt; width: 100%;" width="100%"></td>
<td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0.75pt 0.75pt 0.75pt 7.5pt; width: 100%;" width="100%"></td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<br /></div>
<br />
<table border="0" cellpadding="0" class="MsoNormalTable" style="margin: auto auto auto 75pt; mso-cellspacing: 1.5pt; mso-padding-left-alt: 7.5pt; mso-yfti-tbllook: 1184;">
<tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0;">
<td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0.75pt 0.75pt 0.75pt 7.5pt; width: 70%;" valign="top" width="70%"></td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 1;">
<td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0.75pt 0.75pt 0.75pt 7.5pt;" valign="top"></td>
</tr>
<tr style="mso-yfti-irow: 2; mso-yfti-lastrow: yes;">
<td style="background-color: transparent; border: rgb(0, 0, 0); padding: 0.75pt 0.75pt 0.75pt 7.5pt;" valign="top"><div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 18pt; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O jornalista <span style="display: none; mso-hide: all;">12 de agosto de
2012, 00:32</span>Ali Abbas, chefe do Departamento de Notícias Internas da Agência
Árabe Síria de Noticias Sana, foi assassinado por bandos armados.<br />
<br />
Uma nota da Agência Sana informa que Abbas foi vítima de bandos armados na
tarde de sábado (11) em sua residência na localidade de Yededet Artouz, situada
a cerca de 15 quilômetros a sudoeste de Damasco.<br />
<br />
Há poucos dias, um profissional da televisão, famoso apresentador de um programa
de grande audiência, foi decapitado depois de um sequestro. O crime foi
praticado por bandos terroristas, segundo as autoridades do país.<br />
<br />
Na sexta-feira (10), um grupo armado sequestrou em Al Tal, a cerca de 30 quilômetros
a nordeste de Damasco, uma equipe da televisão síria Al Ikhbariya, informou o
porta-voz da rede.<br />
<br />
Não é a primeira vez que os extremistas atacam essa rede de televisão. Há várias
semanas foram atacados os estúdios, situados a 25 quilômetros da capital, o
que resultou na morte de três jornalistas e quatro guardas da segurança, além
de enormes danos nas instalações.<br />
<br />
Na cidade de Alepo, no norte do país, também houve tentativa dos bandos
armados de tomar as instalações da rede de TV.<br />
<br />
Desde que se iniciou a crise na Síria, os meios de imprensa, tanto locais
como internacionais, foram transformados em alvo dos bandos armados, que
tratam de calar a informação no local sobre o que realmente acontece no país.<br />
<br />
A Síria é alvo de uma intensa campanha midiática que distorce e fabrica uma
realidade que não corresponde ao que de fato está acontecendo. Nesta campanha
participam centros de inteligência ocidentais e árabes, com o apoio de meios
de comunicação como Al-Jazzera, Al-Arabiya, BBC, CNN e outras grandes redes
internacionais.<br />
<br />
Prensa Latina<o:p></o:p></span></div>
</td>
</tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5833394483999227418.post-61892907714192474822012-08-11T21:42:00.003-03:002012-08-11T21:44:28.198-03:00Eleições e frente democrática, um olhar europeu<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">No texto a seguir, o leitor conhecerá o cenário político, e a luta eleitoral e de massas na Europa. O artigo é de autoria de Erman Dovis, membro da direção do Partido dos Comunistas Italianos. O original foi publicado no site da Associação Marx 21 (<a href="http://www.marx21.it/">http://www.marx21.it/</a>) . A tradução para o português é do titular deste Blog.</span><br />
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: rgb(246, 246, 246); line-height: normal; margin: 0cm 0cm 3.75pt;">
<br /></div>
<br />
<br />
<br />
<br />
<span style="font-size: large;">Eleições e frente democrática, um olhar europeu</span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A cada um de nós
já ocorreu deparar-se diante de uma questão que ciclicamente se repete na vida,
que soa mais ou menos assim: “e agora, o que vou fazer?”. Sem dúvidas, todos,
ao menos uma vez, temos respondido desta maneira: “sei muito bem o que não
quero, mas ainda não sei o que quero.” <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por Erman Dovis
(*), em Marx 21<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esta reflexão é
talvez um pouco existencial, mas é muito útil para dar uma pequena contribuição
à análise sobre as recentes eleições realizadas na Europa, que não deve dar
lugar a simplificações de qualquer tipo. As presidenciais francesas viram o
candidato da social-democracia Hollande, em aliança com o Partito Comunista e as
forças <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>progressistas, derrotarem o
presidente conservador, <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Nicolás Sarkozy. Na Grécia devastada pela crise
econômica e pelo massacre social, as eleições de maio assistiram à irremediável
decomposição do eixo histórico da bipolarização Pasok-Nova Democracia, enquanto
se fortaleceram as forças comunistas do Partido Comunista Grego (PCG) e a
aliança progressista Syriza aumentou sua aceitação eleitoral.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A
impossibilidade de dar vida a um governo de coalizão tornou inútil a resposta
das urnas, sendo necessária uma segunda jornada eleitoral, realizada um mês
depois, com os seguintes resultados: O PCG, de 8,5% um mês antes, passou a 4,5%
do eleitorado. A coalizão Siryza subiu de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>16% a 27%, enquanto a Nova Democracia , passando
de<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>19,8% a 29%, conseguiu desta feita,
em aliança com o Pasok (que caiu de 13,2 um mês antes a 12,2%) e a coalizão Dimar,
formar um governo de coalizão. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Sem cair em um
sumário juízo superficial, é possível detectar como uma certa incomunicabilidade<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>à esquerda, unida a fortes pressões internas
e externas contra os comunistas, gera desilusões e favorece tendências
políticas plebiscitárias e autoritárias, como demonstra o fortalecimento
consistente dos fascistas do Amanhecer Dourado, eficientes cães de guarda do
Banco Central Europeu (BCE). <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na Itália, teve
lugar a renovação de muitas câmaras municipais, algumas de certa relevância: o
dado geral é a devastadora derrota da força que até agora era identificada como
centro-direita, em particular o PDL (Polo da Liberdade) de Berlusconi e a Liga
(Liga do Norte), de Bossi, implicados em vários escândalos. Os comunistas, quase
todos unidos politicamente na Federação da Esquerda, apresentaram-se na maior
parte em aliança com a centro-esquerda, confirmando em conjunto os bons resultados
das últimas eleições administrativas provinciais. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Na Grã Bretanha,
as eleições administrativas do meio do ano sentenciaram a claríssima vitória dos
socialistas do Partido Trabalhista, a forte queda dos conservadores e liberal-democratas,
e algo que não é pouco importante, a amarga rejeição à causa “um Boris em cada
cidade”: a proposta, lançada pelos Tories (conservadores), e submetida a referendo,
previa a eleição direta do prefeito em todas as grandes cidades. Uma tentativa
politica para sondar uma virada em sentido plebiscitário que foi prontamente
bloqueada. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A nossa rápida
resenha europeia não pode deixar de evidenciar, por fim, a queda da CDU (União
Democrata Cristã), de Angela Merkel nas recentes eleições regionais alemãs,
assim como faliu na Espanha o assalto dos Populares (Partido Popular) da Andaluzia,
que se manteve nas mãos da coalizão progressista formada pelo PSOE (Partido
Socialista Obrero Espanhol) e pela Esquerda Unida (integrada pelo Partido
Comunista). Devemos assinalar, para completar a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>informação que o acordo entre a Esquerda Unida
e os <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>socialistas na Andaluzia foi contrastado
por um <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>referendo interno no Partido
Comunista Espanhol, no qual venceu (por uma pequena diferença) a corrente
contrária à aliança. <o:p></o:p></span><br />
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
</span><br />
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">À luz destes fatos, vemos, portanto, como o povo europeu rechaça decididamente
as políticas do FMI e dos poderosos cartéis econômicos que o dirigem.
Substancialmente, são abatidos os governos vigentes e os que foram responsáveis,
mais ou menos diretamente, de executar as diretrizes do BCE que, recordamos
sempre, é um organismo privado em mãos de um punhado de oligarcas. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Esta rejeição
categórica apresenta, porém, um lado muito obscuro: o dramático avanço continental
do <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fascismo que direciona o mal estar
para uma perversa ótica <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>protecionista,
nacionalista, racista. É o <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>caso, por
exemplo,<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>da Frente Nacional na França, do
Amanhecer Dourado na Grécia e do avanço da extrema-direita na Holanda. Ao lado
desses fenômenos, surgem movimentos apartidários<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>aparentemente novos que, de uma rebeldia
espontaneísta inicial, passam a estimular uma indiferença generalizada: bate-se
na tecla da desconfiança nos partidos e na sua inutilidade, fala-se de uma não
especificada “casta” capaz apenas de sugar salários com o dinheirto público,
demonizam os sindicatos, jogando-os no caldeirão dos privilegiados a abater, procede-se
em suma a uma crítica muito demagógica e superficial que inevitavelmente desemboca
no plebiscitarismo e, portanto, na busca do homem forte, que rejeita o confronto
democrático. As instituições por ora são consideradas inúteis. Típicos deste <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fenômeno que vira à direita, são os representantes
do Movimento Cinco Estrelas na Itália e dos Piratas na Alemanha (1)<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para completar o
quadro geral, falta ainda um elemento que não pode ser separado da análise
eleitoral: a resposta de classe à ofensiva do grande capital financeiro, à imoral
e colossal acumulação de dinheiro da gravíssima crise econômica. Assistimos
assim, de maneira inorgânica, a um choque frontal entre as grandes famílias dos
monopólios e a classe operária. De uma parte, os cartéis, em extrema concorrência
entre si, prosseguem no caminho de feroz saque e destruição de forças produtivas
e humanas. De outra, a firme resposta dos trabalhadores que se opõem a estre
criminoso cenário com extraordinária luta de resistência. É o caso, por
exemplo, dos operários gregos da Siderúrgica Helênica, em greve desde novembro
passado contra o plano de reestruturação empresarial que prevê reduções
salariais e demissões. É o caso dos operários da Magneti Marelli de Crevalcore
e da Curved Plywoods, pequena empresa de San Matteo della Decima: nessas duas
fábricas, pretendia-se transferir a produção para o exterior. A imediata denúncia
operária e a pronta intervenção dos trabalhadores impediram que o projeto
empresarial se realizasse. Na Espanha, em face da infame reforma do mercado de
trabalho, houve uma extraordinária resposta da classe operária: o sindicato
organizou uma greve geral que levou ao bloqueio quase total de toda atividade
nacional. Na Galícia não ocorreram atividades produtivas em nenhuma zona
industrial, piquetes itinerantes impediam qualquer tipo de atividade em cidades
<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>como Madri, Bilbao, Barcelona. A General
Motors de Aragon foi totalmente fechada, e até mesmo os setores de saúde e
educação nacionais foram paralisados. A recente duríssima luta dos mineiros das
Astúrias é uma confirmação ulterior do que foi dito: um conflito de classe iniciado
a partir de uma vanguarda consciente dos trabalhadores das minas foi estendida
com uma amplitude de massas, obtendo a solidariedade e o apoio da totalidade das
massas populares. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em definitivo, estes
exemplos demonstram como se verifica concretamente um tipo de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>dualismo de poderes, que é manifesto e já não
pode mais ser escondido. Trata-se de uma rejeição eleitoral clara em resposta
às políticas de fome e de uma vanguarda da classe operária que, embora sem
organicidade, responde golpe a golpe as estratégias das multinacionais. No
meio, presas nas garras do conflito de classes, as grandes massas populares e
da pequena e média burguesia refletem grande incerteza, confusão, desorientação,
condições que podem ser instrumentalizadas em função de reviravoltas <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>políticas sempre mais marcadamente autoritárias.
<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mesmo as
instituições, vergadas e a serviço dos interesses do lucro máximo, são
esmagadas até se auto-aniquilarem de fato. Verifica-se assim a <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>subordinação geral do país, refém dos interesses
dos potentados <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>econômicos que chegam
a<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>privatizar todo o Estado, que se
transforma concretamente em um simples comitê dos negócios, um Estado mercenário,
por conta da oligarquia, como testemunha finalmente o fato ocorrido em Maró, na
Índia: soldados das forças armadas do Estado guardando o tesouro privado do magnata
de turno. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span><span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Até mesmo a
construção da linha ferroviária superveloz que atinge apenas as cidades do negócio
da região <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>centro-norte é um exemplo nesse
sentido, porque responde exclusivamente não às exigências dos interesses gerais,
mas exclusivamente aos da Montezemolo & Cia. De fato, a rede ferroviária
meridional e oriental é abandonada e levada ao fim. Substancialmente, a
diferença na atual fase é a tendência do Estado a sucumbir aos interesses da empresa.
Enquanto os fascismos de Mussolini, Hitler, Salazar e Pinochet eram regimes empreiteiros,
agora se verifica um salto successivo: os vários Elkann, Montezemolo e sócios,
parafraseando Luís <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>XIV, entram
diretamente em cena afirmando com arrogância “O Estado sou eu”. E infelizmente
isto é demonstrado pelos fatos. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Convém refletir atentamente
e aprofundar estas novas mudanças sociais. Em definitivo, se a história de toda
sociedade que existiu até agora é a história da luta de classes, é a classe
operária que deve deter a ofensiva monopolista e dirigir a humanidade para a
transição democratica e socialista. Os trabaIhadores não estão ainda de todo
convencidos de ter esta responsabilidade histórica, este papel fundamental e é
por isso que se produzem situações de forte oposição, embora em medida descontínua.
<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Mas, assim como
isto é verdadeiro, é necessário rejeitar com força considerações <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>pessimistas que sustentama opinião sobre o
atraso geral da classe operária. Não é verdade que os trabalhadores não têm <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>consciência de classe. Estas são afirmações e
avaliações feitas por elementos pequeno-burgueses, por vezes mascaradas por um
atraente extremismo de esquerda. São considerações dos que não têm confiança
nos trabalhadores, querem utilizá-los como simples instrumentos da mudança
social, mas a classe operária não se presta mais a este gênero de instrumentalização.
<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Portanto, é por
esta série de motivos que, faltando a ação dirigente da classe operária, segue-se
à revigorante vitória de Hollande na França uma atitude de substancial
benevolência para com ele por parte dos grandes poderes econômicos. A política
do novo presidente parece, com efeito, estar em linha de continuidade com o
anterior governo conservador no que <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>concerne, por exemplo, às políticas econômica
e externa. Esta última se resume a declarações agressivas e ameaçadoras do
palácio dos Campos Elíseos para com a Síria de <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Assad. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">E ainda: a ausência
do papel dirigente dos trabalhadores de fato permitiu o refluxo da revolta
egípcia, que foi de fato controlada pelos aparatos militares e sabidamente se
inscreveu em um contexto da restauração. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Para impedir isto,
para viver um momento decisivo é necessária a força dirigente emancipadora da
classe operária. <br />
<br />
</span><br />
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É necessário prosseguir o processo de fortalecimento e reconstrução do Partido
Comunista, entendido como partido da classe operária, trabalhar pela unidade de
ação dos <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>comunistas nos respectivos países
e mesmo em nível continental, e unir as forças de esquerda e democráticas em
uma grande frente de unidade democrática, contrastando o domínio dos monopólios
econômicos e financeiros com campanhas de comunicação eficazes e propostas políticas
concretas. É a presença ativa e dirigente dos trabalhadores que cria as
condições para incidir nas estruturas das coalizões, não a taxa de alegada
radicalidade dessas, ou pior ainda, certas atitudes de maximalismo marginal que
às vezes se manifestam em alguns setores da esquerda. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">É necessário trabalhar
de fato coerentemente sobre dois planos paralelos e não distintos: a luta eleitoral
indispensável para reingressar nas instituições e pela representação política,
e a luta pelo poder econômico e o socialismo. Se não avança a perspectiva
socialista, é a própria vida democrática que se torna ameaçada, agredida e
desmontada, e não surgem alternativas. Hoje a decomposição <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>do sistema capitalista e as contradições cada
vez mais estridentes do imperialismo têm acelerado o processo de privatização.
O assalto do bando de Rockefeller e Cia desencadeia <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>guerras criminosas, genocídios, bombardeios, demissões
em <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>massa, novas formas de escravidão. A família
dos multimilhardários, privada de toda aparência de moralidade, leva ao extremo
a sua sede de lucro máximo, afundando a sociedade em um novo tipo de feudalismo.
<o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Cabe a nós ter a
paixão, a consciência, a compreensão, a capacidade, a vontade e a experiência
para impedi-lo.<br />
<br />
</span><br />
<span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><b>(1) No que se refere ao caso italiano, o cenário é preocupante porque penetra
profundamente mais, além da capacidade do palhaço genovês. A semelhança com a
situação gerada com Tangentopoli é emblemática: no início dos anos 1990, a legítima
intervenção judiciária da magistratura <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>contra
a corrupção política é sabidamente manobrada pelo grande capital. Controlando a
Mídia e manobrando os jornais <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>e a TV, criou-se
um profundo consenso de massas a favor do acontecimento judiciário em sentido
antipolítico. Demonizando tal sistema, se favorecem pulsões emotivas fortes, que
são direcionadas a horizontes simplistas e plebiscitários, portanto
autoritários. Obtinha-se um clima específico que mantinha <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>o poder judiciário em condições de sepultar
instituições, o consenso popular e de massas se exprimia não mais no confronto
político e democrático mas nas sentenças da magistratura. Uma vez terminada a
embriaguês de grandes emoções coletivas e populistas, o resultado foi a
eliminação definitiva da escada móvel salarial, a revogação da lei eleitoral
proporcional em favor do sistema majoritário, e o retorno físico do governo
fascista em 1994. <o:p></o:p></b></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="line-height: normal; margin: 0cm 0cm 10pt; mso-margin-bottom-alt: auto; mso-margin-top-alt: auto; text-align: justify;">
<b><span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">(*) Membro do
Comitê Central do Partido dos Comunistas Italianos</span></b><span lang="IT" style="color: #333333; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; mso-ansi-language: IT; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5833394483999227418.post-16740377730003198922012-08-11T13:51:00.002-03:002012-08-11T15:55:06.586-03:00Desabafo Olímpico<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O Brasil tem vida vegetativa nos Jogos Olímpicos. Estão de parabéns os atletas, que independentemente da circunstância de terem ou não conquistado medalhas, deram o melhor de si e representaram condignamente o País. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">É preciso extirpar as máfias que infelicitam o nosso desporto: A CBF, o COB, a mídia privada (e na privada), além dos financiadores privados que fazem de nossos atletas funcionários de agências de publicidade. </span><br />
<br />
<span style="font-family: Arial, Helvetica, sans-serif; font-size: large;">O resto é política rasteira, golpe publicitário e quimera.</span>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5833394483999227418.post-75548098103751389412012-08-10T16:14:00.002-03:002012-08-10T16:14:09.322-03:00Greves do funcionalismo: Arrocho fiscal não é argumento<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">A
presidenta Dilma Rousseff fez nesta sexta-feira (10) declarações que podem
acirrar ainda mais os ânimos com o funcionalismo público em greve. Segundo ela,
a prioridade do governo neste momento é manter as vagas dos trabalhadores que
não têm estabilidade no emprego. Referindo-se à posição do governo de não
atender as reivindicações dos grevistas, ela disse que o momento é de
austeridade fiscal.<o:p></o:p></span>
<br />
<div style="background: white; margin-bottom: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">“Estamos
enfrentando uma crise no mundo e o Brasil sabe, porque tem os pés no chão, que
pode e vai enfrentar a crise e passar por cima dela, assegurando emprego para
todos os brasileiros”, afirmou, ressaltando que o governo tem priorizado
medidas destinadas a setores capazes de incentivar a economia.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“O que o meu governo vai fazer é assegurar
empregos para aquela parte da população que é mais frágil, não tem direito a
estabilidade, porque esteve muitas vezes desempregada”. As afirmações foram
feitas em cerimônia de ampliação do Programa Brasil Sorridente, em Rio Pardo de
Minas (MG). <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; margin-bottom: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Mais de 350
mil funcionários públicos estão em greve em todo o país. Os ânimos estão
exaltados do lado das autoridades e de setores do movimento sindical. As
relações entre as partes nunca estiveram tão deterioradas, ao ponto de a
Central Única dos Trabalhadores e outros cinco sindicatos de servidores
públicos terem decidido representar contra o governo na Organização
Internacional do Trabalho (OIT). A representação acusa o governo de atitudes
antissindicais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; margin-bottom: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">A
presidenta da República com certeza sabe o que diz e não há a menor sombra de
dúvidas de que o que ela pretende assegurar é o melhor para o país. Conta com o
crédito da população que a sufragou maciçamente nas eleições presidenciais e
lhe confere elevados índices de aprovação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; margin-bottom: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Mas é
preciso dizer que há muitos erros na postura do governo. Primeiramente, ao
determinar o corte do ponto dos grevistas e decretar que os servidores públicos
federais paralisados sejam substituídos por funcionários estaduais ou
municipais equivalentes, o governo federal desrespeita o direito de greve e dá
uma demonstração de intolerância.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; margin-bottom: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">É
indispensável uma postura democrática e um diálogo efetivo. De nada adianta
enviar ministros ou funcionários subalternos para negociar com os grevistas se
eles repetem monocordicamente o argumento de que as finanças públicas não
suportam o atendimento das reivindicações salariais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white; margin-bottom: 0pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Em segundo lugar, a
austeridade fiscal não é argumento para ignorar as reivindicações salariais do
funcionalismo. Se há um aspecto condenável na política macroeconômica vigente é
precisamente o arrocho fiscal, porquanto o objetivo precípuo ao adotá-lo é
assegurar os ganhos obtidos pelos credores do Estado na ciranda financeira.<span style="color: black;"><o:p></o:p></span></span></div>
<br />
<div style="background: white; margin-bottom: 0pt;">
<span style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Outros
argumentos e outras posturas poderiam sensibilizar mais os trabalhadores em
greve e o movimento sindical do setor público. Estes sabem que as defasagens
salariais estão acumuladas há muitos anos e são uma herança maldita do governo
neoliberal, conservador e fiscalista de Fernando Henrique Cardoso. Com certeza
terão espírito público e sensibilidade para negociar. <o:p></o:p></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5833394483999227418.post-3417450491461510102012-08-10T08:58:00.003-03:002012-08-10T12:19:20.398-03:00Pretexto dos EUA para o bloqueio e novas agressõesNo dia 31 de julho último, o Departamento de Estado dos Estados Unidos divulgou mais uma lista de países considerados patrocinadores do terrorismo, incluindo entre estes Cuba.<br />
<br />
Há três décadas, os governos de turno que ocupam a Casa Branca persistem nesta prática nefasta. Com isso, tentam legitimar o cruel bloqueio que impõe ao país caribenho há meio século. <br />
Usando a calúnia como bandeira, o imperialismo estadunidense tem, com documentos fajutos como este, um pretexto para intensificar ainda mais este bloqueio, com o qual busca estrangular economicamente o país e assim liquidar a Revolução.<br />
<br />
Alguns outros países, que se opõem à orientação retrógrada dos Estados Unidos e aos seus planos hegemonistas, também têm sido apontados intermitentemente nas listas elaboradas pelo Departamento de Estado com a assessoria da Cia e do Pentágono: Entre estes, a Líbia, o Iraque, a República Popular Democrática da Coreia e a Síria.<br />
<br />
Depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, os Estados Unidos introduziram um novo conceito. O país do Tio Sam passou a falar da existência do “eixo do mal”. De acordo com as conveniências de Washington, a lista se ampliava. No auge da ofensiva militarista do governo de George W. Bush [2001-2008], chegou-se a falar da existência de cerca de 60 países “terroristas” ou “patrocinadores do terrorismo”. Foram catalogadas também organizações políticas insurgentes.<br />
<br />
O Departamento de Estado, hoje sob a titularidade da senhora Hillary Clinton, maneja também listas de países que segundo os critérios arbitrários e unilaterais dos Estados Unidos, “violam os direitos humanos” e estão sujeitos à punição do que chamam “comunidade internacional”.<br />
<br />
Neste caso, a lista é muito mais ampla e inclui, além dos designados como patrocinadores do terrorismo, países como a China, a Rússia, a Bielorrússia, o Irã e a Venezuela, entre outros. <br />
De todos os ângulos que se analise, a atitude do governo estadunidense sobre Cuba é um anacronismo. Até mesmo a justificativa apresentada para incluir o país entre os patrocinadores do terrorismo é frágil dentro do próprio raciocínio de quem a elaborou. A acusação que pesa sobre a maior das Antilhas é a suposta falta de medidas no sistema bancário para enfrentar a lavagem de dinheiro e transações financeiras vinculadas ao terrorismo.<br />
<br />
A fragilidade da posição norte-americana é tamanha que muitas personalidades e organizações que não podem ser consideradas favoráveis ao sistema político cubano têm pedido ao governo dos Estados para reconsiderar a posição. Artigo publicado nesta quinta-feira (9) na página da agência noticiosa cubana Prensa Latina informa que em dezembro de 2011, as organizações não governamentais norte-americanas Grupo de Trabalho sobre a América Latina e o Centro de Política Internacional exigiram ao Departamento de Estado que Cuba fosse retirada da lista de países terroristas.<br />
<br />
Em março passado, o general John Adams, ex-representante militar dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e David W. Jones assinaram um artigo publicado no jornal The Hill, em que pedem à Casa Branca para retirar Cuba da lista e pôr fim a sua política em face do país caribenho, por eles designada como “contraproducente”. Os autores chegam ao ponto de afirmar que essa política solapa os esforços de Washington em sua “luta contra o terrorismo”.<br />
<br />
Em maio, membros do grupo de trabalho acadêmico Cuba-Estados Unidos, integrado por nove acadêmicos estadunidenses da American University e oito cubanos da Universidade de Havana, também se dirigiram ao governo para reivindicar a retirada de Cuba da indigitada lista.<br />
Um desses acadêmicos, o professor Philip Brenner, da American University, sugeriu que o enfrentamento ao terrorismo poderia ser uma área em que houvesse uma abordagem construtiva entre os dois países.<br />
<br />
A lista divulgada em 31 de julho provocou outras enfáticas reações nos Estados Unidos. O professor cubano-americano Arturo López-Levy, pesquisador associado da Escola de Estudos Internacionais Josef Korbel, da Universidade de Denver, declarou que incluir Cuba na lista é uma demonstração a mais de que a política norte-americana para com esse país é um cemitério da ética e das estratégias racionais.<br />
<br />
Na própria cidade de Miami, valhacouto de terroristas de origem cubana que cooperam com o governo dos Estados Unidios para desestabilizar a Ilha, surgiram reações. Elena Freyre, presidenta da Fundação pela Normalização das Relações entre Estados Unidos e Cuba qualificou de vergonhoso e hipócrita incluir Cuba nesta lista do Departamento de Estado.<br />
<br />
A lista supostamente antiterrorista dos Estados Unidos é motivo de preocupação para todas as nações e forças políticas que defendem a autodeterminação dos povos e a paz mundial.<br />
<br />
Afinal, em nome do combate ao terrorismo e da defesa dos direitos
humanos, o imperialismo estadunidense tem cometido muitas atrocidades e perpetrado
guerras de agressão. Nos tempos recentes, foi assim na antiga Iugoslávia, no Afeganistão,
Iraque e Líbia. É com os mesmos pretextos que prepara afanosamente a guerra
contra a Síria, submete a forte pressão o Irã e demonstra que não renuncia à
sua política intervencionista na América Latina, pondo na alça de mira países
anti-imperialistas como a Venezuela e a Bolívia.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5833394483999227418.post-46655368217992456872012-08-08T20:51:00.000-03:002012-08-08T20:51:09.826-03:00Síria e Irã enfrentam o imperialismo<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><strong><span style="font-size: large;">Resistência e diplomacia x guerra no Oriente Médio<o:p></o:p></span></strong></span>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O governo iraniano anunciou nesta quarta-feira (8) que realizará uma
reunião de alto nível com a presença de mais de uma dezena de países da Ásia,
África e América Latina para debater a delicada e complexa situação vigente na
Síria e buscar soluções diplomáticas para a crise cruenta em que o país árabe
está engolfado há 17 meses.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">A Chancelaria iraniana e o próprio presidente da República Islâmica
reiteraram a rejeição a qualquer solução militar.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Observa-se aí uma abissal distância entre a posição iraniana,
compartilhada pelo governo sírio, e a das potências ocidentais, à frente o
imperialismo estadunidense, que apostam na guerra civil, na fragmentação da
Síria e, se for necessário para levar adiante seus planos, na própria intervenção
armada. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Por enquanto, as potências ocidentais financiam e armam o chamado
Exército Livre da Síria, formado por militantes da oposição e mercenários
oriundos do Afeganistão, Iraque e Líbia. Contam com o apoio da Turquia, cuja
fronteira com a Síria foi transformado em corredor por onde passam mercenários
e armas. Na retaguarda financeira e midiática encontram-se as monarquias
reacionárias da Arábia Saudita e do Catar. E o indefectível Estado sionista
israelense, que age como inimigo figadal da Síria, país que sempre apoiou as
forças patrióticas árabes e palestinas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">O Irã tem sido um dos aliados mais leais do governo sírio, desde que há 17
meses se iniciaram os conflitos no país.<o:p></o:p></span></div>
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"></span><br />
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Com toda a clareza, suas autoridades têm estado disponíveis para
organizar a resistência aos planos intervencionistas do imperialismo estadunidense
e seus aliados na região do Oriente Médio. "O Irã não permitirá que o eixo
de resistência, do qual considera a Síria uma parte essencial, seja destruído
de qualquer maneira que seja”, enfatizou Saeed Jalili, autoridade iraniana que visitou
o Líbano e Síria no início desta semana. <o:p></o:p></span><br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><br />
A via iraniana e síria para a solução diplomática para o conflito no país árabe
contrasta com o caminho escolhido pela oposição, que pode ser qualificado de
terrorista. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Nenhuma dúvida resta sobre quem defende a paz e quem defende a guerra no
Oriente Médio. Recorda-me a alocução do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad,
quando de sua passagem pelo Brasil durante a Conferência Rio + 20 no Rio de
Janeiro, em junho último. Ele defendeu a Paz como imperativo da Justiça.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Que contraste com as concepções militaristas e belicistas dos
imperialistas norte-americanos e dos sionistas israelenses!<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Infelizmente, o Brasil anunciou, por meio de informação do Itamaraty
nesta quarta-feira (8) que não participará do encontro convocado pelo Irã.
Apresentou uma justificativa técnica, que soa como desculpa esfarrapada: não
tem participado tampouco do “encontro dos amigos da Síria”, uma iniciativa das
potências ocidentais. Uma pena, pois o Brasil teria muito a dizer e contribuir
para a formulação e execução de um plano de paz.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 16pt; line-height: 115%; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;">Em tempo, para agendar e refletir sobre quem defende a paz, quem a guerra. No final de agosto, o Irã hospedará outro
encontro internacional, este de ainda maior envergadura – a reunião de cúpula
do Movimento dos Países Não Alinhados.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 10pt;">
<br /></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5833394483999227418.post-27088763633259081282012-08-08T07:17:00.001-03:002012-08-08T07:21:53.752-03:00Análise da conjuntura internacional<span style="font-size: x-large;"><strong>A conjuntura internacional em breves traços</strong></span><br />
<div style="background: white;">
<br /></div>
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;"><em>Em 14 de julho passado,
participei por meio de videoconferência, do simpósio “Humanizar a economia para
sair da crise”, realizado pelo Centro Gramsci, na cidade italiana de Rionero in
Volture. Publico aqui a íntegra de minha alocução.</em> <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">São dois os traços
principais da atual conjuntura internacional: o agravamento da crise estrutural
e sistêmica do capitalismo e o aumento das ameaças à paz e à segurança internacionais.
<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Um fator incide sobre o
outro. Esgota-se o repertório das medidas chamadas “anticíclicas” dos governos
a serviço dos monopólios do capital financeiro. Há muita retórica seguida da elaboração
de pacotes supostamente voltados para a recuperação econômica e a solução dos
problemas sociais. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Mas a lógica desses
pacotes é cada vez mais perversa, pois cobram alto preço aos trabalhadores. O
que prevalece é o arrocho dos salários, a precarização dos serviços públicos, a
privatização e a rendição às leis cegas do mercado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Por isso, resta a esses
governos a ação política e repressiva contra as forças progressistas e os
movimenrtos sociais, cada vez mais criminalizados e perseguidos. Manifestam-se
nos países capitalistas perigosas tendências antidemocráticas. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">A crise é também a base
para as principais tensões políticas no plano internacional. Inevitavelmente eclodem
as contradições interimperialistas e crescem as ameaças de agressão e guerra
contra países soberanos, no mesmo ritmo em que se desenvolve a militarização.
Esta é a tônica da situação, ainda que não esteja no horizonte uma conflagração
geral entre as potências.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">A crise do capitalismo<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Os
principais países capitalistas se encontram com suas economias paralisadas e
aumentam seus impasses. Na Europa, onde a crise é mais aguda, pacotes de
austeridade e injeções de dinheiro para salvar o sistema bancário revelam-se
medidas inócuas e só contribuem para agravar a crise econômica e social. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">A
receita dos governos a serviço do capital monopolista-financeiro para contornar
a crise é orientada pelo interesse de preservar os investimentos e os lucros do
sistema financeiro. Esses governos prometem reduzir o déficit e o endividamento
cortando na carne da classe trabalhadora, reduzindo subsídios aos produtores
rurais, precarizando os serviços públicos e arrochando o funcionalismo público.
<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">A
receita é antiga e não difere daquelas que foram impostas no passado a países
como o Brasil pelo FMI ao longo da chamada crise da dívida externa, que
custaram décadas de desenvolvimento e uma intolerável depreciação da força de
trabalho. Em poucas palavras, os governos a serviço do capital
monopolista-financeiro governo propõem que a classe trabalhadora pague pela
crise mundial do capitalismo, de modo a assegurar os privilégios da banca
internacional, que é de longe a maior responsável pelas turbulências
financeiras.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Os trabalhadores e os
povos sofrem as consequências da crise do capitalismo e da violenta ofensiva
antissocial empreendida pela grande burguesia monopolista.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">O
desemprego afeta 17 milhões de trabalhadores na Zona do Euro. Na Grécia e na
Espanha a taxa supera os 20%.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Foi nesse ambiente que o
Conselho Europeu se reuniu em finais de junho. Em meio a sérias divergências,
sobretudo entre a Alemanha e a França, sob a máscara de adotar “políticas de
crescimento”, decidiram mais uma vez dar apoio financeiro direto à banca por
via do Fundo Europeu de Estabilização Financeira e do Mecanismo Europeu de
Estabilização, voltando as costas para os problemas sociais.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Nos
países em desenvolvimento, nomeadamente a China e a Índia, a economia desacelera-se
moderadamente. A China tem tomado medidas de estímulo à economia reduzindo a
taxa de juros para financiamentos e aumentando o investimento público. Espera
crescer 8,2% este ano. O Brasil sofre maiores repercussões da crise mundial,
enfrenta momentaneamente dificuldades com o seu comércio exterior e a redução
do ritmo de crescimento da economia, particularmente o setor industrial. </span><span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;"><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">O fato é que se acentua
o cenário de estagnação da economia mundial, variando de intensidade de país a
país ou região. São vazias de sentido as considerações sobre o caráter limitado
ou conjuntural da crise. Ela é sistêmica, estrutural e generalizada. Uma crise
capitalista prolongada, que vive uma fase aguda também prolongada.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Essa
crise não surgiu ontem como um raio em céu azul. Desde 1973, o mundo
capitalista está perdendo fôlego. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Trata-se
de uma crise civilizatória cuja solução não está em medidas tópicas e
superficiais, mas na ruptura com o próprio sistema. O capitalismo já ameaçou
arrasar a civilização nos terríveis anos de guerra entre 1914 e 1945, agravados
pela Grande Depressão de 1929 e culminados com o genocídio de Hiroshima e
Nagasaki. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;"><br />
A crise atual tem sua origem em 1973, quando o presidente Richard Nixon tentou interromper
a queda da economia estadunidense<span style="mso-spacerun: yes;">
</span>provocada pelos gastos da guerra do Vietnã, o aumento dos preços do
petróleo e o declínio na taxa de lucro. Unilateralmente desvinculou o dólar –
moeda de câmbio internacional – do padrão ouro e o pôs a “flutuar”. Revogava assim,
em proveito dos capitais ianques e em detrimento dos demais países – sobretudo
os pobres – os acordos de Bretton Woods, que pautaram as regras da economia
internacional sob a batuta dos Estados Unidos depois da 2ª Guerra Mundial.<br />
<br />
A partir de então, Washington empreendeu uma descontrolada impressão de dólares
e de endividamento sem respaldo produtivo, com os quais inundou os circuitos
financeiros globais de moeda desvalorizada. A especulação financeira passou a
ocupar um lugar muito mais relevante que a produção e o comércio na circulação
monetária e reforçou as políticas neoliberais.<br />
<br />
Essas políticas são conhecidas: diminuição do Estado, contenção salarial,
desregulamentação financeira, precarização dos serviços públicos, desmantelamento
das conquistas dos trabalhadores, circulação livre de capitais, privatização do
patrimônio público, socialização das perdas das corporações.<br />
<br />
Em 2008, eclodiu a crise financeira dos chamados subprimes nos Estados Unidos. Em
2010, irrompeu na Europa a chamada crise da dívida soberana com graves
consequências sociais. Não está descartada a hipótese de que sobrevenha um novo
colapso econômico-financeiro.<span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">As
crises anteriores de origem financeira dentro desta onda se manifestavam na
periferia: dívida externa da América Latina (1982), México (1994-1995),
“tigres” asiáticos (1997-1998), Rússia (1998), Brasil (1999), Turquia (2001) e
Argentina (2002). Não é ocioso sublinhar que o capitalismo experimentou graves
crises desde o século 19, embora a atual seja comparável apenas com a Grande
Depressão de 1929 e ainda seja cedo para conhecer sua real magnitude.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">As ilusões no e do
G-20<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Recentemente,
reuniu-se no balneário mexicano de Los Cabos o chamado G-20, entre promessas de
medidas “anticíclicas” e ilusões sobre o papel do grupo na situação
internacional.<br />
<br />
O G-20 foi criado em 1999, com o objetivo proclamado de contornar ou encontrar
soluções imediatas para as crises das balanças de pagamentos das economias
chamadas emergentes durante a segunda metade da década de 1990. <br />
<br />
Supostamente, estabelecer-se-ia uma cooperação econômica e financeira ampla e
abrangente, com base em critérios de objetividade, entre os países
desenvolvidos e os países em desenvolvimento. Entre 1999 e 2008 participavam do
G20, alcunhado de “financeiro”, apenas os ministros das finanças e os
presidentes dos bancos centrais. <br />
<br />
A partir de 2008, com a realização da Cúpula de Washington, no ocaso da
presidência de George W.Bush, em plena eclosão da crise econômico-financeira, o
G20 passou a reunir também chefes de Estado e de governo. <br />
<br />
A Cúpula de Washington foi, assim, a primeira do G20. Realizou-se entre 14 e 15
de novembro de 2008, por proposta da União Europeia. "Estamos decididos a
aumentar nossa cooperação e trabalhar juntos para restaurar o crescimento
global e aprovar as reformas necessárias nos sistemas financeiros
mundiais", afirma o comunicado conjunto. <br />
<br />
De lá para cá, tiveram lugar as cúpulas de Londres (abril de 2009), Pittsburgh
(setembro de 2009), Toronto (junho de 2010), Seul (novembro de 2010), Cannes
(novembro de 2011). Esta de Los Cabos é a 7ª cúpula do G20. Já está acertado
que a próxima se realizará na Rússia, em 2013. A 9ª cúpula terá como país
anfitrião a Austrália, em 2014, e a 10ª ocorrerá na Turquia. Isto se não
ocorrerem maiores sobressaltos econômicos, financeiros e políticos que obriguem
os alquimistas do neomultilateralismo a inventarem novas fórmulas de grupos de
coordenação.<br />
<b><br />
</b>A crise econômico-financeira internacional que eclodiu em 2008 deixou
patente o fracasso das políticas macroeconômicas neoliberais e conservadoras
decididas no âmbito do G7 (Estados Unidos, Alemanha, Reino Unido, França, Itália,
Japão e Canadá). Saltava aos olhos o efeito deletério da desregulação dos
mercados financeiros. <br />
<br />
Foi nesse contexto que o G20 ganhou relevo, pois passou a ser considerado o
principal fórum para uma cooperação econômica internacional mais alargada, conforme
se estabeleceu na Declaração de Pittsburgh, aprovada na cúpula de setembro de
2009.<br />
<br />
Progressivamente, com a sucessiva realização das Cúpulas, criou-se um consenso,
num jogo diplomático de aparências, de que as discussões e decisões
relacionadas com a crise e a busca de medidas para a sua solução deveriam
transferir-se de foros restritos, como o G7, para o G-20. <br />
<br />
Os países imperialistas, de economia desenvolvida, com posição dominante na
economia mundial, sendo o epicentro da crise, perderam a legitimidade para
ditar as normas da economia internacional. Isto coincidiu com a maior
emergência de economias de países como China, Rússia, Índia e Brasil, entre
outras. <br />
<br />
Tendo como pano de fundo a interdependência econômica, comercial e financeira
no quadro da globalização capitalista, tornou-se imperioso, para a própria
sobrevivência do sistema, buscar uma maior cooperação entre os países
desenvolvidos e os chamados emergentes.<br />
<br />
<b><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><br />
</b><br />
Isto gera a ilusão de que o G-20 tem maior legitimidade e autoridade democrática,
sendo uma espécie de manifestação de uma tendência à democratização das
relações internacionais, o embrião de uma nova ordem multilateral. Surge também
a ilusão de que com o G-20 o mundo passaria a contar com um instrumento eficaz
para coordenar uma resposta eficiente à crise econômica e financeira, evitando
assim o colapso do sistema econômico internacional.<br />
<br />
As ilusões são de tal ordem que de maneira mais disfarçada, renasce na boca de
alguns a ideia do “ultra-imperialismo”, de Karl Kautsky, a quem Lênin designava
como renegado. <br />
<br />
Os países considerados emergentes, entre eles o Brasil, usam o G20 como espaço
de luta para alargar sua participação na economia internacional e defender-se
de medidas dos países ricos que atentam contra sua soberania. Mas é ilusório
imaginar que através do G20 seja possível mudar num sentido progressista,
popular e patriótico a estrutura e a arquitetura do sistema financeiro e
econômico internacional.<br />
<br />
Já em novembro de 2009, logo após a Cúpula de Pittsburgh, o 12º Congresso do
Partido Comunista do Brasil criticava como um dos aspectos salientes do quadro
internacional, sobretudo na conjuntura de crise econômica e financeira, “a
tentativa [do sistema imperialista] de fortalecer organismos de coordenação,
nos quais não poucas vezes estalam também rivalidades e contradições
interimperialistas, além de conflitos de interesse entre as potências
dominantes e os países emergentes”. De acordo com o documento, aprovado por
unanimidade no Congresso, “a ação desses organismos tem-se revelado um fracasso
do ponto de vista das ‘soluções’ para a crise, da ‘regulação’ do mercado de
capitais e da promoção do ‘desenvolvimento’ e ‘ajuda’ aos pobres”. O documento
advertia para o invariável objetivo do imperialismo de concentrar poderes e
concertar posições tendo em vista o domínio econômico e político do mundo. O
Congresso do PCdoB mencionou especificamente a nova articulação. “O G-20
financeiro espelha uma nova realidade no mundo, em que as grandes potências
imperialistas não podem decidir sozinhas e países emergentes como o Brasil, a
China, a Rússia e a Índia, conquistam novos espaços, jogam novo papel, disputam
em defesa de seus interesses nacionais e contribuem para a luta por uma nova
ordem econômica e política. É falsa, porém, a tese sustentada por alguns chefes
de Estado de potências imperialistas de que o G-20 corresponde a uma
“revolução” e a uma ‘democratização profunda’ das relações internacionais”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Intervencionismo e
lutas dos povos<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">É no quadro de crise que
aumenta a instabilidade política e se intensificam as ameaças às nações
soberanas e aos povos. Apesar da retórica “multilateralista” e pacifista, o que
se vê é o aumento da agressividade e do militarismo das potências
imperialistas. </span><b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;"><o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Está em curso uma
escalada de pressões, ingerências e ameaças de agressão contra a Síria. Configura-se
o cenário para uma intervenção militar no país. O que as potências
imperialistas discutem é se o ataque teria ou não a cobertura de uma resolução
do Conselho de Segurança das Nações Unidas, razão pela qual inistem no apoio
diplomático da Rússia e da China para esse fim. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Ultimamente, o
presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e a sua secretária de Estado,
Hillary Clinton, aumentaram o tom da exigência de que o presidente sírio
renuncie ao governo do país e tome o caminho do exílio, infelizmente secundados
pelo presidente francês, François Hollande, eleito com os votos da esquerda.
Hollande foi o anfitrião em Paris de uma reunião do grupo autodenominado “Amigos
da Síria”, que age de fato como um inimigo da nação árabe e agasalha em seu
seio grupos da oposição refratários ao diálogo e aos métodos democráticos.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Também o Irã está sob
ameaça de ataque das potências imperialistas, acusado de violar os direitos humanos
e de fabricar a bomba atômica.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Mais uma vez, as forças
imperialistas pretendem justificar sua escalada, que pode levar a uma nova
guerra no Oriente Médio, com falsos pretextos, assim como formulam falsas
teorias de relações internacionais. Agora, está em voga o conceito de “Direito
de proteger”, ou “Responsabilidade de proteger”, com o que se pretende dar ares
de justiça e de ação coletiva da chamada “comunidade internacional” a atentados
contra a carta da ONU e ao conjunto dos regulamentos, normas e convenções que
conformam o Direito Internacional. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>Na
verdade, estamos diante de mais uma ofensiva contra legítimos direitos
democráticos e nacionais, contra as noções de soberania e autodeterminação.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">A recente intervenção na
Líbia e o assassinato do líder do país são reveladores do ponto a que podem
chegar as forças imperialistas. Fizeram o mesmo no Iraque, onde além da intervenção
militar assassinaram o ex-presidente da República. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Nada disso surpreende se
temos em conta que o ex-presidente George W. Bush, logo após os atentados de 11
de setembro de 2001, prometeu não só guerrear contra os países que considerava
integrantes do chamado “eixo do mal”, como eliminar fisicamente indivíduos –
chefes de Estado ou ativistas – que segundo os critérios da CIA e do Pentágono
fossem considerados “terroristas”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">É o que os Estados
Unidos fazem sistematicamente por meio dos ataques com os aviões não tripulados
“drones” na fronteira entre o Afgeganistão e o Paquistão, nos quais não se
poupa a vida das populações civis. Os crimes cometidos causam a indignação dos
democratas e anti-imperialistas em todo o mundo, e provocaram o estupor do
ex-presidente Jimmy Carter, que em contundente artigo publicado no New York
Times, chama a atenção para o “raro e cruel recorde” de violações dos direitos
humanos pelos Estados Unidos. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">O sentido principal
dessa ofensiva é executar, dar concretude e continuidade ao plano de
reestruturação do Oriente Médio, para viabilizar o aumento da presença do
imperialisimo na região, visando a dominar as riquezas estratégicas ali
existentes e a obter posições vantajosas na luta pela hegemonia no mundo.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Para isso, querem
afastar os governos que de alguma forma resistem à dominação imperialista na
região e substituí-los por regimes dóceis e adaptáveis aos seus interesses. É
esse também o sentido da posição adotada pelo imperialismo vis-à-vis à chamada
“Primavera árabe”.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Recentemente,
em 20 e 21 de maio, realizou-se em Chicago mais uma reunião de cúpula da
Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Toda vez que essa organização
se reúne, os direitos democráticos dos povos, a segurança internacional e a paz
mundial são ameaçados. Como braço agressivo do imperialismo, a Otan atualizou o
seu conceito estratégico em 2010, dando um novo passo para concretizar seus
planos intervencionistas. Agora, estão em pauta a corrida aos armamentos, o
investimento em novas armas e a ampliação de sua rede mundial de bases
militares.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">O
imperialismo militariza as relações internacionais, e intensifica as ameaças
para a realização de novas guerras. Os Estados Unidos recentemente também
lançaram uma nova doutrina militar, atribuindo prioridade à presença na Ásia.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<b style="mso-bidi-font-weight: normal;"><span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">América Latina<o:p></o:p></span></b></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">A
tendência principal em nossa região continua sendo a do aprofundamento das
conquistas democráticas e patrióticas que se sucedem às vitórias eleitorais das
forças progressistas em muitos países. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Contudo,
manifesta-se também a reação do imperialismo e das forças retrógradas locais.
Recentemente, teve lugar um golpe de Estado, com aparência de “legalidade”, no
Paraguai, que destituiu o presidente legítimo de Fernando Lugo. O mesmo já
tinha sucedido no ano de 2009 em Honduras. Houve repetidas tentativas de golpes
na Venezuela, no Equador e na Bolívia. Tudo isso eleva a vigilância das forças
democráticas da região para preservar as conquistas democráticas e avançar na
realização de mudanças políticas, econômicas e sociais com caráter
progressista.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Em
7 de outubro próximo realizar-se-ão as eleições presidenciais na Venezuela, em
que estarão em campos opostos o presidente Chávez, candidato à reeleição, e o
candidato da direita com apoio do imperialismo, Henrique Caprilles. O líder
bolivariano anti-imperialista, Hugo Chávez, assume-se como o candidato da
pátria, com um programa democrático, patriótico e anti-imperialista. O outro,
por óbvio, é o candidato apátrida.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">A
eleição na Venezuela é a batalha política mais importante no momento para todos
os latino-americanos progressistas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">A
crise do capitalismo e as tendências agressivas do imperialismo, longe de
intimidar, são motivos que levam ao levantamento dos povos. Em todas as
latitudes há luta, demonstrando que o imperialismo não é invencível e pode ser
derrotado. <o:p></o:p></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5833394483999227418.post-1491867804321629262012-08-08T07:04:00.004-03:002012-08-08T14:08:44.175-03:00Editorial<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;"><b><span style="font-size: x-large;">Resistir já é vencer<o:p></o:p></span></b></span><br />
<br />
<div style="background: white;">
<br /></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">A humanidade atravessa
um momento crucial em sua existência, caracterizado por terríveis paradoxos.
Jamais em toda a história foram tamanhas as possibilidades de desenvolvimento
econômico, progresso social, justiça, igualdade e paz. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Por outro lado, são
avassaladoras as ameaças à própria vida do ser humano no planeta. Uma crise
estrutural e sistêmica do capitalismo liquida conquistas obtidas com sangue,
suor e lágrimas pelos que tiram seu sustento do trabalho.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Os anos recentes foram
marcados por muitas ilusões de que os governos burgueses – conservadores ou
social-democratas – seriam capazes de encontrar soluções virtuosas para os
impasses do capitalismo e abrir uma nova era de desenvolvimento. O ex-presidente
dos Estados Unidos, Bill Clinton, inebriado com passageiros indicadores
econômicos positivos, chegou a vaticinar a superação das leis econômicas
objetivas descobertas por Marx.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Acadêmicos pretensiosos
e escribas social-democratas urdiram a fábula da restauração da liderança
econômica estadunidense. Predispostos, renderam-se fascinados ao mito e
cuidaram de desmoralizar as proposições de rupturas revolucionárias como
delírios catastrofistas. Confundindo defensiva estratégica com adaptação à “ordem”
do “fim da História”, rebaixaram a estratégia da esquerda a uma gradual “superação
do capitalismo”. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">A realidade se impôs de
maneira dramática, com o prolongamento da crise estrutural e sistêmica, para a
qual o repertório de medidas chamadas “anticíclicas” dos governos a serviço dos
monopólios do capital financeiro revelou-se inteiramente inócuo. Há muita
retórica, pacotes supostamente voltados para a recuperação econômica e a
solução dos problemas sociais, teorizações vazias e confusas e até a tentativa
de ressuscitar antigos paradigmas. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Sobre esta base,
germinam e se desenvolvem os conflitos políticos, reveladores das principais características
do sistema político dominado pela burguesia monopolista-financeira e pelas
potências imperialistas. Cada vez mais, como constatara Lênin há um século, este
tende ao reacionarismo e à guerra. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Crescem como nunca,
independentemente de quem ocupa os governos de turno nas grandes potências que
dominam o mundo, as tendências antidemocráticas, a criminalização e repressão
às lutas sociais, o militarismo e o belicismo. As armas nucleares, os pactos
agressivos como a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), as bases
militares espalhadas pelo mundo fazem parte desta tendência.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Há uma escalada de pressões,
ingerências e ameaças de agressão a vários países que lutam para se afirmar
como Estados <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>soberanos. No alvo da
ofensiva imperialista estão os países do Oriente Médio, como a Síria e o Irã,
obstáculos que o imperialismo estadunidense e seus aliados pretendem remover para
executar seu antigo plano de domínio da região, estratégica do ponto de vista
econômico e geopolítico para forças que ambicionam o domínio do mundo. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Na Ásia, a potência
estadunidense desenvolve um jogo estratégico de longo prazo, tendo como alvo a
China. De imediato, reorienta sua estratégia militar para a região, ao tempo em
que tenta aniquilar a Coreia Popular.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span lang="PT" style="color: black; font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt; mso-ansi-language: PT;">Na América Latina, o
imperialismo atua para isolar, estrangular e derrotar as experiências
revolucionárias. No seu alvo estão Cuba e Venezuela, prioritariamente. O
imperialismo estadunidense não aceita o fim da era do pan-americanismo sob sua
hegemonia e tudo fará para impedir que na região um dia chamada de Nossa América
pelo líder independentista cubano José Martí, forme-se um novo polo geopolítico
soberano e progressista. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">No
lado oposto, a resistência e a luta dos povos evoluem, ainda que acidentadamente,
com altos e baixos, avanços e recuos, na maioria das vezes contornando
obstáculos aparentemente intransponíveis e percorrendo ínvias encruzilhadas.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">O
imperialismo exibe força descomunal e a cada momento convence os povos do seu poder
de destruição. Mas não consegue retirá-los da luta, nem abater sua Resistência.
É poderoso, mas não é capaz de impor sua vontade, mesmo que pela força. Não é
invencível, pode ser derrotado.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">No
processo da luta, as forças do progresso social, da democracia popular, do
socialismo formarão suas convicções, alcançarão níveis de organização e
mobilização, acumularão os fatores favoráveis a abrir nova época histórica. O
importante é não capitular, resistir e lutar, lutar e resistir. Nas condições
atuais do mundo, resistir já é vencer.<o:p></o:p></span></div>
<br />
<div style="background: white;">
<span style="font-family: "Arial","sans-serif"; font-size: 14pt;">Este
blog será um espaço de debate e interação com todos aqueles que se dedicam à Resistência
e confiam em que é possível abrir e percorrer os caminhos que levarão à
emancipação da humanidade.<o:p></o:p></span></div>Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/10854151033297642069noreply@blogger.com1